top of page

CANSADO DE BUSCAR SUA PLENITUDE NOS OBJETOS DE EXPERIÊNCIA? 
Se você cansou de buscar a solução de seu problema existencial através do dinheiro, poder, fama, prestígio, validação, psicologia, terapia, energia, amor, silêncio, paz, yoga, meditação, estados de consciência alterada, experiências místicas, epifanias etc... talvez você esteja pronto/a para o Vedanta. O mundo espiritual moderno está repleto de mestres esperando por você - qualquer que seja o seu nível de maturidade. São grupos onde nenhum pré-requisito é requerido. Quase sempre tais grupos são de nível elementar, porém necessários no desenvolvimento inicial do buscador.  Vedanta é para aqueles raros buscadores maduros não mais fascinados pelo mundo dos objetos de experiência. Por isso somente irá funcionar (produzir a Iluminação/Libertação) para indivíduos que tenham desenvolvido certas qualificações espirituais. Se essas não estiverem totalmente presentes, os ensinamentos do Vedanta/Karma-Yoga irá desenvolvê-los. Tais qualificações não serão enumeradas neste parágrafo, mas condensadas em dois requisitos;  1- A certeza absoluta de que nenhum objeto de experiência irá lhe completar e lhe satisfazer permanentemente porque a natureza de toda e qualquer experiência é a impermanência. Toda experiência tem um início e um fim, enquanto Você é o único fator constante.  2- Um desejo ardente pela verdade! Chame-a; Realização, Iluminação, Auto-Conhecimento, Liberação... somente o desejo ardente por Moksa será capaz de queimar todos os demais desejos por objetos de  segurança, prazer e virtude, deixando assim o indivíduo livre da agitação e distração decorrentes dos mesmos e consequentemente em possesso de uma mente sattvica.

VEDANTA, A SABEDORIA QUE LIBERTA

Este site é dedicado aos ensinamentos do Vedanta. Vedanta é um meio de conhecimento que emprega uma metodologia experimentada e comprovada através de milênios chamada de auto-inquérito ou auto-investigação. O estudo, contemplação e assimilação do Vedanta gradualmente remove os conceitos e noções auto-insultantes e limitantes, que nada mais são que  idéias falsas sobre a nossa própria natureza responsáveis pelo senso de inadequação e limitação do indivíduo, em outras palavras; a causa de todo sofrimento psicológico humano.

Quando esta ignorância é neutralizada ou removida, o conhecimento de si mesmo como consciência plena não-dual, infinitamente não-limitado, atemporal e imortal, emerge na mente do indivíduo e ele/ela realiza a sua existência-consciência; a única fonte real de segurança, satisfação e amor como sua própria natureza. Este conhecimento, quando firme, sólido e imediato é chamado moksha, “Libertação” ou "iluminação".
 

A COBRA E A CORDA

O que se segue é uma anedota tradicionalmente empregada na tradição de ensino do Vedanta para ilustrar a nossa situação existencial e os meios de ganhar a liberdade a partir dele:
Durante a hora do crepúsculo, um viajante cansado e sedento passando por uma pequena cidade no interior da Índia se aproxima de um poço do qual ele está ansioso para tirar água para saciar sua sede. Ao fazer o seu caminho em direção ao balde do poço, ele repentinamente se paralisa de medo quando ele vê uma cobra ao lado do balde. Paralisado o homem permanece como uma estátua, sem ousar fazer qualquer movimento com medo que a cobra fizesse o seu ataque. Por sorte neste exato momento, um homem velho e sábio vinha passando  pela mesma estrada.


Percebendo os olhos arregalados do viajante e o seu corpo tremendo de medo, o velho decide fazer uma pausa para perguntar ao viajante o que o estava incomodando. Mal ousando falar, o viajante, em um sussurro alto, alerta o velho sobre o perigo iminente apresentado pela cobra e sugere que o viajante obtenha um pedaço de pau para espantar a cobra. Pausando por uma momento para fazer uma avaliação da situação, o velho dá uma grande risada saudável e diz ao viajante paralisado para relaxar, salientando que aquilo que ele tinha confundido com uma cobra venenosa era na realidade simplesmente  a corda do poço enrolada ao lado do balde no qual foi amarrada.

 

Após piscar os olhos e colocar um olhar mais atento, o terror do viajante foi imediatamente neutralizado e dissolvido. Depois disso, os dois homens compartilharam uma bebida de água fresca num espírito de alegria e risadas.

As implicações dessa história simples são profundas! Assim como o medo e o sofrimento do viajante  eram o resultado de sua noção/interpretação errônea, e com base em seu equívoco da verdadeira natureza da circunstância perante a ele, do mesmo modo a nossa angústia existencial e todo sofrimento humano são o resultado de nossa ignorância sobre a verdadeira natureza da realidade e da nossa própria identidade como um todo; a ilimitada e completa consciência não-dualista do Ser Universal.

A COMPREENSÃO É TUDO
É importante notar que o medo do viajante não foi extinto por espantar ou matar a cobra. Muitos buscadores espirituais acham que os meios para a iluminação envolve "matar" o ego ou a mente, ou abandonar o mundo e fugir para uma caverna no Himalaia ou  viver uma vida mais idílica em um ashram ou comunidade espiritual e que, o caminho espiritual envolve a renúncia de posses mundanas etc. Assim eles doam seus bens materiais e, em alguns casos presente, todo o seu dinheiro para organizações espirituais que lhes prometem a salvação e / ou auto-realização. Mas ocorre que esses meios de busca através de uma renúncia superficial, são baseados numa interpretação equivocada do verdadeiro significado da palavra, “renúncia” - e são completamente incapazes de produzir a paz e a felicidade duradoura que é a natureza da libertação obtida com o auto-conhecimento.

 

Um dos equívocos mais graves no mundo espiritual é que o ego deva ser destruído, aniquilado. Embora assumindo o ego como o ser real e consequentemente confundindo o indivíduo (o ser aparente) com o Ser real, que é a verdadeira natureza do ser (a consciência ilimitada) isso não significa que o ego precise ser "morto" ou completamente erradicado. Enquanto encarnado num corpo humano, o Ser/Consciência pleno sempre irá aparecer como um indivíduo. Esta pessoa aparente (o indivíduo) não precisa ser descartado ou transcendido, mas simplesmente reeducado. O pensamento "eu"  não precisa ser removido, mas simplesmente reorientando, ele deve se referir ao Ser espiritual universal pleno que todos somos. É igualmente importante notar que a libertação do viajante não foi o resultado de alguma experiência cósmica de unidade com a cobra durante o qual ambas as entidades entraram em erupção numa luz branca ofuscante fundindo-se então com a Fonte Suprema.

 

Quase invariavelmente buscadores espirituais associam a "iluminação" com alguma epifania experiencial mística extraordinária e transcendental, ou uma experiência eterna de bem-aventurança. Considerando o fato de que toda experiência sempre acontece na arena da realidade aparente (nosso universo-mithya) e que é sempre limitada pelos parâmetros de tempo e espaço, é simples concluir que nenhuma experiência dure para sempre. Todas as experiências - não importa quão extática ou bem-aventurada sejam - eventualmente acabam. Por esta razão, nenhuma experiência limitada pode caracterizar o que é ilimitado e sem atributos. Se você é uma pessoa que viaja pelo mundo espiritual dá algum tempo e ainda não encontrou a Libertação e Iluminação que você procura... talvez você tenha chegado ao “fim da linha” muito embora não tenha ainda compreendido o seu engano. Se você tiver realmente chegado ao fim da sua corda, mas ainda não estiver totalmente convencido de que a cobra nada mais é que  uma corda, e que a serpente é somente uma projeção ou superimposição criada por sua mente devido a sua incapacidade de apreensão correta da realidade da corda - então eu convido você a contemplar os ensinamentos do Vedanta com uma mente aberta. Você provavelmente estará pronto para o que irá descobrir e  realizar.
 

 

bottom of page